Entendemos que a complexidade humana exige um atendimento psicoterapêutico alicerçado nas ciências, em um processo que compreenda as artes e o olhar poético como aspectos que compõem a organicidade da nossa alma. A Sertão Humano nasceu do encontro dos desejos de duas pessoas: o de realizar o fazer em psiquiatria e psicoterapia (com a perspectiva da psicanálise, da arteterapia ou da psicologia analítica), colocando no mundo um espaço clínico dedicado a acolher tudo o que é humano. 

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Nomeamos o nosso fazer de ofício — palavra que, no latim, é officium (dever, atividade) e deriva de opifex, que, por sua vez, vem de opus (obra) e facio (fazer). Escolhemos esse nome por reverência à densidade simbólica que opus carrega: na linguagem religiosa, é expressão do sagrado; na alquimia, o produto da retorta (transmutação); nas artes, a criação estética; na lavoura, o cultivo da terra fértil.

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É com esse espírito que exercemos nosso ofício: como lavoura sensível, onde almas possam tocar o sagrado e o profano em si, ousando a plasticidade, semeando desejos e — sobretudo — se criando.